quarta-feira, 30 de setembro de 2020

ABEL E CAIM

José Vieira (Abel) nasceu em Itajobi/SP, em 27 de abril de 1929. Sebastião da Silva (Caim) nasceu em Monte Azul Paulista/SP, em 20 de janeiro de 1944. Abel deu os seus iniciais passos na vida artística cantando em Catanduva e Novo Horizonte. Por volta dos anos 1955 e 1956 fazia algum sucesso com a parceria feita com o sobrinho Lair Rodrigues. Tempos depois, deixou o interior e foi para a capital. Caim, em 1957, participava de um trio onde atuava ao lado de uma irmã e de um garoto até migrar para a capital paulista. Abel e Caim foram se encontrar em São Paulo no ano de 1967. Como os dois já haviam formado outras duplas, resolveram cantar juntos e, depois de vários ensaios, acabaram se acertando. Estava formada uma nova dupla sertaneja, e Jacozinho deu-lhe o nome de Abel e Caim. A parceria teve um início glorioso. Era o tempo dos concursos e festivais. Na época a TV Cultura realizava, sob o comando de Geraldo Meirelles, um grande concurso de violeiros. Abel e Caim participaram, e entre mil e quinhentas duplas inscritas, obtiveram o primeiro lugar em uma sensacional vitória. Fizeram parte do júri: Raul Tôrres, Nhô Zé, Nenete, Athos Campos, Julião, entre outros. Ganharam como prêmio um contrato com a Gravadora Chantecler e a gravação de seu primeiro LP, que se transformou em sucesso e abriu as portas para outras oportunidades. A primeira delas, foi um convite feito pela Rádio Nacional, hoje Globo, para que participassem do primeiro festival realizado por aquela emissora. Defenderam a música “Natureza” de autoria de Dino Franco. Após dramática disputa duas músicas empataram no primeiro lugar: “Poeira”, defendida pelo Duo Glacial, e “Catira”, cantada por Zico e Zéca. A música “Natureza” interpretada por Abel e Caim conquistou o terceiro lugar. Daí para frente foi só sucesso, programas de rádio, shows por todo o Brasil e vários discos gravados, totalizando 28 LPs e 07 CDs. Começaram na Chantecler, depois entraram para a Continental, RCA Victor, Copacabana, CBS, CID e Tape Car. Entre seus grandes sucessos destacamos Santa Luzia, Mãe Amorosa, Natureza, O Barco, Orquestra da Natureza, O Menino e o Cachorro, Berrante Assassino, Laço do Boi Soberano, entre outros. A dupla veio a se desfazer com o falecimento de Abel, ocorrido em 12 de janeiro de 2011 na cidade de Araçatuba/SP. Em 2016, Caim formou uma nova dupla com Adilson Cândido da Silva (Adel), nascido em Marília/SP em 25 de outubro de 1961, que na década de 80 fazia parte da dupla Addy e Eddy. Adel e Caim gravaram juntos dois trabalhos. A dupla fatalmente se desfez na tarde de 06 de junho de 2019, com a morte de Adel, aos 57 anos, vítima de infarto fulminante. Texto: Sandra Cristina Peripato - Tirado de: Recanto Caipira

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

ARLINDO BÉTTIO

Arlindo Béttio nasceu em 1920. Compositor, instrumentista, sanfoneiro, irmão do radialista e sanfoneiro José Béttio e do comunicador Oswaldo Betio. Iniciou a carreira artística no final da década de 60. Foi contratado pela gravadora Copacabana e, em 1976, lançou seu primeiro disco, o LP "O Sanfoneiro Mais Alegre do Brasil", no qual foram incluídas músicas de sua autoria como "Gamadinha", "Mato Grosso Querido", e "Risadinha da Nona", todas com Meirinho, além de mais nove composições de autoria de Meirinho: "Preto Velho no Xamêgo"; "Baião de Festa"; "Silveira Coelho"; "Reboliço"; "Sanfoneiro de Goiás"; "Baile da Garrincha"; "Twist à Caipira"; "Baile Antigo"; e "Forró de Baiano". Em 1977, participou do LP "12 Maiorais do Nordeste", da gravadora Beverly, que contou ainda com as participações de Trio Nordestino, Alípio Martins, Pinduca, Genival Lacerda, Assisão, Negrão dos 8 Baixos e outros. Nesse disco, interpretou a música "Forró de Baiano", de Meirinho. No ano seguinte, também pela gravadora Copacabana lançou o LP "A Casa Onde Nasci - O Sanfoneiro Mais Alegre do Brasil - Vol. 3", que incluiu onze composições de sua autoria: " Xamego Paulista"; "Carimbó no Pará"; "Samba do Ceará"; "Saudades de Santa Catarina" e "Recordando Porto Murtinho", todas com Nhozinho, além de "Homenagem às Domésticas"; "Forró em Pernambuco"; "A Casa Onde Nasci"; "Forró em Minas Gerais"; "Festa no Paraná"; e "Valsa para a Dona Mafalda", todas composições solo de sua autoria. No LP "O Sanfoneiro Mais Alegre do Brasil - Vol. 4", lançado em 1979, também pela gravadora Copacabana, foram incluídas as músicas "Bailão em Santo André", de Nhozinho e Ninão, e mais onze composições de sua autoria: "Saudosa Mocidade", e "Sambando no Espírito Santo", ambas com Sônia M. Béttio Pigeard; "Parábens Pelo Seu Aniversário", com Dodé; "Do Rio de Janeiro à Niterói", com Bekekê e Cláudio Balestro; "Lindos Campos de Goiás", com Helena G. Mendes; "Alagoas em Festa"; "Pagode Mineiro"; "Marcha dos Motoristas", e "Assim é o Rio Grande do Sul", com Nhozinho, além de "Valsa Para as Mamães", e "Noites de Mato Grosso". Em 1980, lançou "O Sanfoneiro Mais Alegre do Brasil - Volume 5", no qual interpretou "Enfermeira Amiga"; "Passeando no Amazonas"; "Do Iapoque ao Chuí"; " Mato Grosso do Norte e do Sul" e "Rancheira das Marias", todas com Nhozinho; "Valsa dos Papais", e "São Salvador da Bahia", com Sônia M. Béttio Pigeard; "Fernanda", com Paulo Roberto Aiello, e "Salve os Roceiros", e "Arlindo Béttio o Fofão", de sua autoria, além da clássica rancheira "Galopeira", de Maurício Cardozo Ocampo. Em 10 de outubro de 1980 teve a carreira brutalmente interrompida, quando foi assassinado na capital paulista. No total foram cinco discos gravados. Texto: Sandra Cristina Peripato - Tirado de: Recanto Caipira

sábado, 12 de setembro de 2020

ULTRAJE A RIGOR

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ultraje a Rigor é uma banda brasileira de rock, criada no início da década de 1980 em São Paulo. Idealizada por Roger Moreira (voz e guitarra base), obteve sucesso em 1983 no Brasil, devido às canções "Inútil" e "Mim Quer Tocar". Em 1985 a banda ficou nacionalmente conhecida pelo álbum Nós Vamos Invadir sua Praia que trouxe o primeiro disco de ouro e platina para o rock nacional. O mesmo álbum, mais tarde, acabou sendo consagrado como o "melhor álbum de rock nacional" pela Revista MTV, em dezembro de 2008. A banda é um grande marco no cenário do rock nacional. Sua formação inicial era Roger, Leonardo Galasso (bateria, mais conhecido como Leôspa), Sílvio (baixo) e Edgard Scandurra (guitarra solo). Mal o nome foi adotado, Sílvio saiu para dar lugar a Maurício Defendi. Hoje, apenas Roger, idealizador da banda, continua desde a formação original. Entre 2011 e 2013, a banda tornou-se a House band do talk show brasileiro, Agora É Tarde, da Rede Bandeirantes, apresentado por Danilo Gentili.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

DUDUCA E DALVAN

José Trindade (Duduca) nasceu em Anápolis, no estado de Goiás, em 04 de julho de 1936. José Gomes de Almeida (Dalvan) nasceu em Planaltina do Paraná, no estado do Paraná, em 09 de outubro de 1951. Em 1977, Dalvan iniciou a carreira em São Paulo. No ano seguinte formou dupla com Duduca que durou cerca de oito anos. Com um estilo basicamente romântico, mas sem deixar de lado os ritmos mais tradicionais do interior, foi considerado ao lado de José Rico como o rei da voz sertaneja. Já gravou diversos discos ao longo de sua carreira. Fez sucesso com as músicas "Rastros na Areia" e "Massa Falida", entre outras. Dalvan seguiu carreira solo após o falecimento de Duduca, ocorrido em 17 de fevereiro de 1986. Gravou um disco com o cantor Donizeti, e recentemente formou nova dupla com Almir Sales, nascido na cidade de Londrina, no estado do Paraná, usando o nome de Duduca. Almir em sua trajetória na música sertaneja, cantou em barzinhos foi locutor de rádio AM e FM, a música sempre foi o seu forte, pois vem de uma formação expressiva, em matéria de cantar, essa nova formação da dupla é um presente para o Brasil, e a música sertaneja, que ganhará com certeza tratando-se de umas das bandeiras da música popular do Brasil, voltando assim ao cenário da música brasileira. Dalvan é advogado, é músico de coração, tocou em bandas, é ator e também é um músico eclético, toca acordeom, teclado, guitarra e violão. Venceu vários festivais, em início de carreira, tanto popular como sertanejo, aprendeu desde cedo a sorrir sempre, fazer das barreiras um desafio a vencer. Texto: Sandra Cristina Peripato - Tirado de: Recanto Caipira

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

BIÁ

Sebastião Alves da Cunha, o Sabiá e, posteriormente, o Biá, nasceu em Coromandel, no estado de Minas Gerais, em 26 de novembro de 1927, e faleceu em São Paulo/SP no dia 02 de setembro de 2006. Após algum tempo trabalhando como garimpeiro, Sebastião iniciou a carreira artística em Araguari/MG no ano de 1947, formando o trio "Sabiá, Canarinho e Albertinho", junto com seu irmão Elias e o acordeonista paulista Alberto Calçada (Alberto de Souza Calçada, nascido em São Paulo/SP no dia 06 de agosto de 1929 e falecido também na capital paulista no dia 29 de julho de 1983). Seu irmão Elias mais tarde integrou o "Trio Gaúcho", com o nome artístico Gauchito. O Trio "Sabiá, Canarinho e Albertinho" atuou na Rádio Araguari até 1950, ano em que os três músicos seguiram para a capital paulista e passaram a se apresentar em diversos programas, como "Hora dos Municípios" (de Blota Junior na Rádio Record) e "Arraial da Curva Torta" (do Capitão Furtado na Rádio Difusora). No mesmo ano, Sebastião resolveu encurtar o nome artístico Sabiá para Biá. O trio, porém acabou por se desfazer e Biá formou então em 1952, dupla com Diogo Mulero, o Palmeira, que fez sucesso durante oito anos. Palmeira e Biá foram contratados pela Rádio Piratininga para o programa que ia ao ar todas as terças-feiras às 21 horas. E a dupla era também acompanhada pelo acordeonista Alberto Calçada. No primeiro ano de existência, a dupla chegou a gravar 10 discos 78 rpm. Entre os grandes sucessos da dupla "Palmeira e Biá", destacamos "Garimpeiro do Brasil", "A Voz dos Sinos", "Baião da Serra Grande", "O Milagre de Tambaú", "Couro de Boi", "Disco Voador", além do bolero "Boneca Cobiçada", que foi gravado em 1956. Inusitado, para a época, incluindo novas temáticas, arranjos e instrumentação, esse bolero sertanejo que Biá compôs em parceria com Euclides Pereira Rangel (o Bolinha), permaneceu por mais de 10 semanas nas paradas de sucesso, tendo vendido mais de 500 mil cópias, ocasião na qual Palmeira foi nomeado Diretor Artístico dos discos sertanejos da RCA. Biá chegou a formar com seu conterrâneo Goiá, a dupla "Biá e Goiá" na década de 50, na capital paulista, ocasião em que o compositor Goiá já havia deixado o Trio "Goiá, Goiazinho e Zé Micuim" e também já havia trocado Goiânia/GO pela capital paulista. Em 1961, Sebastião passou a cantar em dupla com seu outro irmão, o Sílvio, a dupla "Biá e Biazinho", com quem gravou o LP "Relíquias Sertanejas". No ano seguinte, Biá gravou na Chantecler um LP no qual fez uma dupla com ele mesmo: "Um Cantor em Duas Vozes", tendo usado o nome de Sid Biá. Mais tarde, junto com Dorinho, Biá formou a dupla "Biá e Dorinho". Biá também atuou na Rádio Nacional de São Paulo, com o conjunto "Biá e Seus Batutas" (formado por Biá, Sirley e Gonzales), ocasião na qual gravou também o LP "Os Grandes Sucessos de Palmeira e Biá", na gravadora Cantagalo, onde Biá trabalhou também como Diretor Artístico. Em 1972 Biá formou com Dino Franco, a famosa dupla "Biá e Dino Franco". Um acidente doméstico, no entanto, fez com que Biá interrompesse em definitivo sua carreira artística, no ano de 1987. Faleceu em São Paulo/SP no dia 02 de setembro de 2006, vítima de diabete crônica. Texto: Sandra Cristina Peripato - Tirado de: Recanto Caipira

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

VADICO E VIDOCO

Milton Passos (Vadico) nasceu em Olímpia, no interior do estado de São Paulo, e João Nietto (Vidoco) nasceu em Pirangi, também no interior do estado de São Paulo, que de início, formou uma dupla juntamente com seu irmão. Foi no ano de 1959 que Milton e João se conheceram na capital paulista e começaram a cantar juntos, nascendo então a dupla que ficou conhecida como a "Dupla Café com Leite". Sulino e Marrueiro levaram a jovem dupla "Vadico e Vidoco" aos estúdios da Rádio Nacional de São Paulo. E foi com a ajuda do compositor e radialista Anacleto Rosas Jr, que eles foram contratados pela gravadora Copacabana, onde gravaram pelo selo Sabiá os dois primeiros discos 78 rpm e o LP "Relíquias de Amor". Vadico e Vidoco foram ganhando prestígio no meio artístico, reconhecidos como grandes violeiros. A dupla se apresentou nas Rádios Tupi, Aparecida e Record, além terem realizado shows em circos pelo interior paulista, além dos estados do Paraná, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Se apresentaram também nas TVs Tupi e Globo. Vadico e Vidoco chegaram se separar por um curto período de tempo e, na ocasião, Vidoco chegou a formar dupla juntamente com José Vieira, o Abel, que na época ainda não havia formado com Sebastião da Silva, a dupla Abel e Caim. Vidoco convidara o José Vieira que tinha a voz parecida com a do Vadico. Atuaram juntos em alguns programas de rádio e shows em circos, até que apareceu uma oportunidade para gravarem um disco. Vidoco, no entanto, achou melhor chamar o antigo parceiro, sem nada ter dito ao José Vieira. Este, por sua vez, quando chegou ao estúdio de gravação na hora combinada e soube que o Vidoco já havia feito a gravação com seu antigo parceiro, decidiu então deixar a dupla. Vadico e Vidoco gravaram apenas 2 discos 78 rpm e 5 LP's. Vadico faleceu no dia 01 de fevereiro de 1989, vítima da doença de Chagas. Vidoco faleceu 15 anos depois, em 18 de outubro de 2004, em Itapira/SP, cidade na qual já foi Vereador e recebeu o título de Cidadão Itapirense. Texto: Sandra Cristina Peripato - Tirado de: Recanto Caipira

TEDDY VIEIRA

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. - Teddy Vieira (Itapetininga, 23 de dezembro de 1922 — Itapetininga, 16 de dezembro de 1965) ...